domingo, 27 de outubro de 2013

A Criação - Ordem Lógica do Texto Bíblico






A CRIAÇÃO (Gênesis 1)
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. Estado Anterior à Presente Criação
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Há razões para crer que, anteriormente ao versículo 2 de Gênesis 1, a terra não fosse sem forma e vazia, pois a Bíblia diz que o Senhor Deus não a criou vazia: "Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra, e a fez; ele a confirmou, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada" (Isaías 45.18). Além disto, os fósseis existentes de seres pré-históricos de milhões e milhões de anos parecem apontar no sentido que eles fossem incompatíveis com as criaturas da atual criação.
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Assim, entende-se que, depois de Deus ter formado o planeta no princípio (em tempo remoto indefinido), algo ocorreu com a terra que a tornou sem forma e vazia, extinguindo todos os seres anteriormente existentes (os dinossauros), deformando também o relevo.
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Então, no início, o planeta estava totalmente deformado, e, por algum motivo, não penetrava nenhum raio de luz solar (portanto, sem nenhuma forma de vida), pois provavelmente havia na atmosfera uma grande nuvem de poeira acumulada (talvez o resultado de uma catástrofe cósmica que exterminou a criação anterior, deformando a terra). Alguns cientistas entendem que tal hecatombe foi ocasionada por uma chuva de estrelas (na verdade, meteoritos). Nós, que houve uma "chuva" de trilhões de "estrelas", ou seja, os anjos decaídos, que foram lançados aqui na terra, ou talvez as duas coisas.
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Sendo assim, Deus, antes de dar forma a este planeta (o relevo), pôr em ordem e povoar a terra, o ar e o mar de criaturas maravilhosas, antes de tudo isto, Deus já havia formado o céu e a terra (v. 1). Ou seja, a crosta terrestre, a água e o espaço já existiam a milhões de anos antes do Senhor dar o início ao primeiro dia criativo de Gênesis 1.
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O Criador, então, se utilizou de elementos já existentes como matéria prima nos seis dias criativos. Pelo menos, Deus fez uso de alguns elementos presentes na "terra sem forma e vazia" para formar parte da sua nova criação: das águas, formou os mares; da terra, os continentes. Além disto, a Palavra de Deus nos informa que o homem foi formado do pó da terra.
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Não obstante o caos acima referido, o Espírito de Deus se movia por cima do mesmo, pronto a dar o início a uma Nova Criação. Nesta , o homem seria a coroa da criação, e a ele seria outorgado o poder de administrar os recursos naturais e de zelar pelos seres aqui existentes.
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As Etapas ou Dias Criativos
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Deus é organizado e fez toda a nova criação em seis etapas ("dias"), sendo que, ao finalizar cada uma, emitiu um juízo de apreciação das obras feitas no dia, declarando-as boas, e, após cessar todo o trabalho criativo, passou a uma fase contemplativa, o "sétimo dia", onde aprovou o conjunto de tudo o que criou, pois tudo era muito bom. Estas sete etapas são a realidade da qual provieram os dias da semana, onde o homem trabalhava seis dias e descansava um, portanto, os dias da semana e o próprio homem são meras figuras.
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Na verdade, Deus é a Realidade suprema, e o homem, feito à sua imagem. Deus "trabalhou" seis dias e, no sétimo, cessou a obra, e passou a contemplar tudo o que fez (quando a Bíblia diz "descansou", deve ser entendido como: cessou, terminou o trabalho da criação e passou a uma fase "recreativa", de se deleitar com as obras criadas).
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O Primeiro Dia - A Criação da Luz
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Em primeiro lugar, em meio a este caos e a esta escuridão total, Deus fez penetrar, no "primeiro dia", raios de luz do Sol, removendo Ele gradativamente a poeira que impedia a passagem da luz. Embora ainda não houvesse a nítida separação entre o Dia e a Noite, passou a haver períodos de claridade, intercalados com períodos de escuridão total.
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Ou seja, onde havia só uma noite eterna, exclusivamente trevas, que reinavam absolutas, Deus, agora, fez surgir também a Luz. E, devido ao movimento de rotação do planeta, passou a existir a separação entre a Luz e as Trevas.
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O Segundo Dia - A Formação das Nuvens (ou dos Céus)
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No "segundo dia", as águas, localizadas primordialmente na superfície terrestre, Deus fez estarem, a partir de então, também, em parte, no firmamento dos céus (ocorreu a sua evaporação, devida ao calor dos raios solares agora incidentes). Houve separação das águas: uma porção permaneceu na superfície terrestre e, outra, na atmosfera, ou seja, aconteceu a formação das Nuvens.
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O Terceiro Dia - A Formação dos Continentes, dos Mares e das Plantas
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No "terceiro dia" criativo, Deus fez aparecerem os Continentes, quer pela evaporação gradativa das águas, quer pela atividade vulcânica, e as águas se acumularam nas partes mais baixas, formando os Mares.
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Além disto, nesta fase da criação Deus fez surgirem as Plantas, desde as menos, às mais complexas. É de notar que as plantas, para sobreviverem, precisam da água, da luz e do CO2 - e tais elementos já estavam presentes (a água e a luz existiam desde o primeiro dia, sendo que o CO2 originou-se da atividade vulcânica).
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O Quarto Dia - O Aparecimento do Sol, da Lua e das Estrelas
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No "quarto dia", além da luz difusa do sol que já penetrava no sistema terrestre, desde o primeiro dia, possibilitando a evaporação das águas e a fotossíntese, agora, há maior transparência da atmosfera, a ponto de Deus fazer com que o Sol e a Lua, antes ocultos, dessem a conhecer nitidamente a sua forma (ou seja, antes havia a mera luz provinda do sol e da lua, agora, a sua forma é vista distintamente).
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Por fim, aumentou ainda mais a transparência da atmosfera, a ponto de aparecerem, até mesmo, as Estrelas mais distantes.
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Por conseguinte, aumentou a energia solar no sistema terrestre, e as plantas tiveram um crescimento vertiginoso, elevando-se o consumo de CO2 (ao passo que já havia O2 em excesso na atmosfera). Passou a haver, portanto, a necessidade de aumento do CO2 e diminuição do O2 na atmosfera, pois, caso não houvesse tal alteração no teor dos gases integrantes no sistema, muito em breve todas as plantas poderiam ser extintas devido ao ambiente inóspito que estava se formando. Tal equação foi solucionada por Deus nos dias seguintes, pois Ele criou os animais para consumirem o O2 e produzirem CO2, possibilitando a continuidade da vida no planeta.
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O Quinto Dia - O Surgimento dos Animais Marinhos e das Aves
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No "quinto dia", tendo Deus já criado os vegetais e, havendo oxigênio (O2) e alimento (os vegetais liberam O2 e servem de comida aos animais), o planeta estava, portanto, preparado para a existência também dos animais, Deus criou os Seres marinhos e as Aves, e fez que se multiplicassem abundantemente os seres marinhos nos mares e, as aves, nos céus. Agora, haveria um equilíbrio na produção e consumo de O2 e CO2, pois, como já visto, as plantas consomem CO2 e produzem O2, e os animais consomem O2 e produzem CO2.
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O Sexto Dia - A Criação dos Animais Terrestres e do Ser Humano
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No "sexto dia", Deus criou os seres terrestres e, por fim, o homem, como o ser mais perfeito, capaz de administrar e zelar por toda a Criação que Deus criou, posto o ser humano (homem e mulher) ter sido criado originalmente à imagem e semelhança do Criador.
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O Sétimo Dia - A Contemplação Divina da Criação
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No "sétimo dia", estando já o planeta estabilizado, a obra criativa já havia sido finalizada, não havia, portanto, nenhum ser mais a ser criado por Deus. O Criador então passou a contemplar o que fez, e aprovou a sua própria obra criativa, declarando ser o conjunto da criação "muito bom"!
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O Senhor Deus - o Criador bendito - provou e teve prazer no que Ele criou e quer que nós também possamos ver o trabalho de nossas mãos, com uma consciência tranquila quanto aos nossos atos, e tendo alegria por fazermos o que é bom e correto aos olhos de Deus.

sábado, 26 de outubro de 2013

O Amor de Deus


“Em seu amor altruísta pelos pecadores perdidos (4.32; Rm 5.8-10), o Senhor é o supremo exemplo. Ele tomou sobre si o pecado do ser humano e deu a sua própria vida para que as pessoas pudessem ser redimidas de seus pecados, recebessem uma natureza nova e santa e herdassem a vida eterna (veja nota em 2Co 5.21). (...) A oferta de Cristo de si mesmo pelo ser humano caído agradou e glorificou o seu Pai celestial, porque demonstrou do modo mais completo e perfeito o soberano, perfeito, incondicional e divino amor de Deus ” (comentário do rodapé da Bíblia de Estudo MacARTHUR , pg. 1.608);

Neste excelente comentário, podemos perceber que o amor que Jesus demonstrou na cruz é o mesmo amor do coração de Deus, o Pai (João 3.16), exteriorizado na cruz do calvário. E, se o amor do Filho é o mesmo amor do Pai, certamente é o mesmo amor do Espírito Santo, que o levou até a cruz (Hebreus 9.14)!

Em 1 João 3.16, vemos que este mesmo amor de Jesus Cristo, o eterno Filho unigênito de Deus é o mesmo amor que devemos ter também em nós!