quarta-feira, 8 de setembro de 2010

As Escrituras Previam a Rejeição e Final Aceitação de Cristo Pelos Judeus

José, depois de ter sonhos que indicavam que ele seria exaltado sobre seus irmãos, foi odiado e rejeitado por eles. No entanto, por fim, José seria aquele que sustentaria seus irmãos no Egito.

Moisés, ao completar quarenta anos, sentiu um grande desejo de libertar o seu povo, e foi ao seu encontro, mas foi rejeitado pelos seus irmãos. Mais tarde, o próprio Moisés seria o libertador do povo de Israel, pois o tiraria do poder de Faraó.

Sansão era rejeitado pelo seu povo, o povo de Israel (até mesmo, o entregaram aos filisteus), mas, por fim, Sansão trouxe grande vitória ao seu povo, sendo aclamado pelos judeus após a sua morte.

Davi primeiramente foi rejeitado por Israel, embora fosse o ungido por Deus para ser rei do seu povo (Davi era o homem segundo o coração de Deus), depois, seria rei sobre todo o Israel.

Jesus, sendo o Messias (a palavra messias significa “ungido”) descendente de Davi, sendo o que nos liberta da escravidão do pecado, aquele que nos sustenta com pão espiritual e que nos garante a vitória contra o inimigo, foi rejeitado pelo seu povo, o povo de Israel. No entanto, as Escrituras prevêem que um remanescente judeu fiel ainda crerá em Jesus e Ele reinará sobre o trono de Davi.

A Expiação e a Ressurreição de Cristo Eram Previstas no AT

Alguns Relatos Interessantíssimos das Escrituras Judaicas:
  • Quando Abraão, o amigo de Deus, estava por sacrificar seu único amado filho Isaque ... Deus provê graciosamente um carneiro, a ser sacrificado em lugar do menino.
  • Quando os irmãos de José estavam a ponto de matarem-no, ... lhes vêm a idéia providencial de matar uma ovelha do seu rebanho, em lugar do jovem, e banhar as suas vestes no sangue do animal, para o seu pai pensar que era o sangue de José.
  • Na noite em que o povo de Israel estava saindo do Egito, Deus iria matar todos os primogênitos (dos egípcios e dos israelitas), executando o juízo ... mas, para os fiéis, Deus provê um substituto, pois ordena que matem um cordeiro em lugar dos primogênitos e passem o sangue nas portas, para que o Anjo do Juízo não entrasse nas casas do povo de Deus e vindicasse a vida dos primogênitos.
  • O sumo sacerdote, ao pedir a graça de Deus pelo seu povo, para que Deus não o destruísse pelos seus pecados ... impunha suas mãos sobre um animal substituto e, confessando os pecados do povo, sacrificava-o em lugar do povo.
Estes registros nas Escrituras Hebraicas (Antigo Testamento, na Bíblia) apontam para a verdade da EXPIAÇÃO ou do sacrifício substitutivo pelos erros ou delitos. Com isto, as Escrituras Sagradas ensinam que há um preço a pagar pelos nossos pecados.
  • Como no Judaísmo, no Cristianismo há uma EXPIAÇÃO, ou seja, um preço foi pago: No Novo Testamento, Jesus é chamado de Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, que Deus providenciou para morrer pela Humanidade.
Veja Também Histórias de Alguns Personagens das Escrituras Hebraicas (AT):
  • Isaque, carregando em seus ombros a lenha para ser, por ordem divina, imolado ... mas o jovem não fica sobre o altar e sai dali vivo, pois Deus provê um cordeiro substituto ...
  • Jonas, o profeta de Deus, está “sepultado” no fundo do mar, no ventre de um grande peixe, já há três dias.... mas o Deus de Israel o faz “ressuscitar”, e ele sai da sua “sepultura”, para pregar para um povo estranho, Nínive, que se arrependesse das suas maldades....
  • Daniel, o Amado de Deus, colocado na cova dos leões, por decreto irrevogável do rei, decreto de morte .... mas o Deus dos judeus, sendo o Deus Criador da vida ... faz Daniel sair da cova dos leões vivo e ileso ....
  • José é lançado num poço para morrer .... mas os seus irmãos, o Israel de Deus ainda em forma embrionária, resolvem tirá-lo do poço (José escapa da morte). Eles o vendem como escravo, e José vai parar no Egito ... o Plano da Salvação de Deus (vaticinado nos sonhos de José) se cumpriria para os gentios e, por fim, ....também para os israelitas, (Deus proveria sustento para ambos os povos, por meio de José).
  • Jesus sobe o monte Gólgota com o madeiro, é crucificado, morto e sepultado .... mas, ao terceiro dia, ... o Deus de Israel, o único Deus, o ressuscitou e ele cumpriu as Escrituras Sagradas, sendo o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, tanto para os gentios (Todos os Povos) como para os judeus.
Vemos acima dois ensinamentos, presentes no Novo Testamento e Antigo testamento: sobre a EXPIAÇÃO e sobre a RESSURREIÇÃO. Isto nos demonstra o cumprimento do Antigo Testamento no Novo. O Antigo é a sombra da qual JESUS CRISTO é a realidade! O sacrifício de Jesus é infinitamente mais perfeito do que o dos animais e a sua ressurreição é real, da qual os livramentos do AT eram apenas figuras.
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Deus já havia preparado o seu povo, o povo de Israel, para entender o Plano da Salvação pela Morte Expiatória - meio de oferecer o perdão e salvação dos nossos pecados - de Cristo e pela sua Ressurreição. Para sermos salvos, precisamos crer que Jesus morreu como propiciação pelos nossos pecados, ressuscitou e que todos nós iremos ressuscitar um dia para o Juízo ou para a Vida Eterna.
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Se você ainda não aceitou a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal, precisa fazê-lo urgentemente! Deus te ama e deseja ter um relacionamento pessoal com você e te preparar para morar no Céu!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sombras de Cristo no Antigo Testamento 8


8. Sombras de Cristo no Antigo Testamento – Moisés
8.1 – Ao tempo do nascimento de Moisés, o rei do Egito ordenou que todas as crianças do povo judeu, do sexo masculino, deviam ser mortas. No tempo em que Jesus nasceu, o rei Herodes determinou que todas as crianças de Belém, do sexo masculino, fossem mortas.
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8.2 – Moisés foi colocado dentro de uma caixa, e esta colocada no rio Nilo. Ele iria fatalmente morrer no rio cheio de crocodilos e de outros animais perigosos; no entanto, providencialmente, alguém o tirou vivo daquela caixa, que poderia ter sido o seu pequeno “túmulo”. Jesus morreu na cruz e foi colocado no túmulo, dali não sairia vivo, entretanto Deus o ressuscitou, depois de três dias.
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8.3 – Mesmo havendo aquele decreto de Faraó ordenando que fossem mortos todos os meninos judeus, Moisés, acabou ficando no próprio Egito, em toda segurança. A mãe de Jesus, Maria, e José, seu pai adotivo, por advertência divina, fugiram para o Egito e escaparam da matança das crianças, ordenada por Herodes, e o menino Jesus ali esteve em segurança.
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8.4 – Ao ver o menino, a filha de Faraó entregou Moisés para a sua própria mãe criá-lo para ela. A mãe de Moisés, portanto, criou-o para ser príncipe do Egito, pois Moisés seria filho da filha de Faraó. A mãe de Moisés pode representar Israel, que “criou” Jesus para nós os gentios (os egípcios são figura dos gentios), mesmo sendo Jesus um dos filhos de Israel.
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8.5 – Aos quarenta anos, Moisés tenta salvar o povo de Israel da escravidão do Egito, mas não foi compreendido, tendo sido rejeitado pelo seu próprio povo. Jesus tentou diligentemente salvar a sua nação dos seus pecados, mas os seus, a sua própria nação, não lhe compreenderam e rejeitaram o seu Salvador.
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8.6 – Após Moisés ficar quarenta anos no deserto apascentando o rebanho do seu sogro, Jetro, Moisés retorna ao Egito para, por ordem de Deus, tirar o povo de Israel do Egito. Agora, sim, é recebido e aceito pelo povo de Deus. Jesus, embora tenha sido rejeitado pela nação de Israel, começou a retirar, por decreto divino, a Igreja (o Israel espiritual, formado por gentios e judeus que aceitam Jesus como Salvador) do Mundo (o mundo ou sistema corrupto é tipificado pelo Egito).
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8.7 – Deus diz a Moisés que ele seria por Deus sobre o povo de Israel e Arão, seu irmão,  lhe seria por boca. Jesus é o Filho de Deus, o Emanuel (Deus Conosco) e, ao mesmo tempo, a semelhança de Arão, nossa boca para com Deus (o nosso Sumo Sacerdote).
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8.8 – No confronto com Faraó, rei do Egito, Moisés e Arão saem vitoriosos e, por fim (depois de todos os juízos de Deus sobre o Egito), tiram o povo de Israel do Egito para realizar uma festa ao Senhor no deserto. O Senhor Jesus, o Filho de Deus e nosso Sumo Sacerdote, venceu o diabo, chamado de o “deus deste século”, o “príncipe do mundo” e, por fim (depois de todas as taças da ira de Deus sobre o trono da besta – Apocalipse), tirará para sempre um povo para lhe fazer festa.
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8.9 – A missão de Moisés era, não só tirar o povo da escravidão do Egito, mas guiá-lo até a terra prometida, Canaã. A missão do Senhor Jesus é, não só nos libertar da escravidão do pecado e do mundo, mas nos guiar até o Céu (a Canaã Celestial).
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8.10 – Moisés suportou as murmurações e transgressões do povo de Israel, pois era homem mui manso. Jesus, sendo “manso e humilde de coração”, é paciente para conosco, quando erramos.
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8.11 – Quando Deus disse que iria destruir, na sua ira santa, o povo de Israel, devido às suas maldades, Moisés se interpôs entre Deus e o povo e intercedeu perante Deus. Quando pecamos, o Senhor Jesus roga por nós ao Pai, para que Deus nos conceda a sua graça e permaneçamos na sua presença.
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8.12 – Na intercessão de Moisés, ele Disse ao Senhor que, se Deus destruísse o povo, era para riscar o seu nome do livro da vida (ele estava disposto a morrer pelo povo de Israel). Jesus morreu para que nós tivéssemos o nosso nome escrito no livro da vida e não fôssemos destruídos devido os nossos pecados.
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8.13 – Moisés ficou quarenta dias e quarenta noites no monte, em comunhão com Deus e, depois, desceu com as tábuas da lei (os dez mandamentos, que são o cerne da lei, no AT). O Senhor Jesus, depois de estar quarenta dias e quarenta noites no deserto, orando e jejuando, trouxe-nos o sermão do monte (o cerne da ética cristã, no NT).
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8.14 – Não houve nenhum outro profeta que, como Moisés, visse Deus face a face e que realizasse os sinais e maravilhas que ele fez, pelo poder de Deus. Não houve, nem haverá, nenhum outro Profeta como o Senhor Jesus, que está em perfeita comunhão com o Pai e que o contempla face a face e que tenha feito tão grandes sinais como Ele.
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8.15 – Moisés, com o sangue de animais sacrificados, fez uma aliança entre Israel e o seu Deus (a Antiga Aliança). Jesus, mediante o seu sacrifício na cruz, com o seu próprio sangue fez uma Nova Aliança entre Deus e os homens.
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8.16 – Moisés chegou até a fronteira da terra prometida, mas não entrou nela. O Senhor Jesus será o nosso Mediador até que cheguemos ao Céu. Após, já não precisaremos de mediador, pois o veremos face a face.

sábado, 28 de agosto de 2010

Sombras de Cristo no Antigo Testamento 7

Jó (Livro de Jó)

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-> Jó se preocupava em proteger os seus filhos, cobrindo-os com o sangue de sacrifícios, pois ele sabia que em algum momento eles poderiam pecar contra Deus e buscava, com a oferta de sacrifícios, prover graça e perdão diante de Deus, se porventura pecassem (Jó 1.5). Isto nos lembra que Jesus, para nos garantir a graça e perdão de Deus, ofereceu a si mesmo em sacrifício pelos pecados da humanidade, nos garantindo uma provisão contínua de graça no seu sangue, pois sabia da nossa propensão em pecar.
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-> Havia uma acusação, feita por Satanás (Jó 1.9-11 e 2.4-5), de que nenhum homem era fiel e todos se corromperiam, ou seja, diante das adversidades e tentações da vida, nenhum ser humano se manteria íntegro e fiel a Deus, mas Jó foi fiel até o fim e não pecou. No entanto, falando em termos absolutos, nenhum homem conseguiu ser fiel perfeitamente, mas Jesus, “o segundo Adão” (1 Coríntios 15.45), foi fiel até o fim (a semelhança de Jó) e não pecou contra Deus como pecou o primeiro Adão.
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-> Satanás, que foi perante Deus incitá-lo contra Jó, é, certamente, figura de Judas, que foi perante as autoridades religiosas entregar a Jesus.
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-> A fidelidade e integridade de Jó prova que é possível, pela graça divina, expressada nos sacrifícios que cobriam os pecados involuntários, sermos santos em meio a um mundo mergulhado no pecado e vivermos em fidelidade à Palavra de Deus (a história de Jó o justifica e, ao mesmo tempo, condena a sua geração, que não terá justificativa para a sua corrupção). De forma similar, pela justiça de Cristo e sua morte na cruz como “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29), temos a possibilidade de vivermos em santidade em um mundo dominado pelo pecado (a Palavra de Deus diz que, dependendo da relação que tivermos com Jesus, Ele pode nos salvar ou condenar).
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-> Jó era muito rico, cercado pelas benesses divinas (vivia como que em um paraíso), e perdeu tudo, se tornando muito pobre e, como se não bastasse, chegou a ter sofrimento físico e humilhação extremos (e, tudo isto, por desígnio divino). O Senhor Jesus era dono de todas as coisas, vivia no Céu, em um conforto sem igual, mas se tornou pobre, sofreu a morte mais terrível, tudo por plano de Deus.
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-> A história de Jó foi, na verdade, um embate entre um homem que procurava manter-se íntegro e Satanás, que é o corruptor da raça humana e que tentava fazê-lo pecar. No entanto, Jó sairia vitorioso e Satanás, perdedor, pois Jó resistiu bravamente às investidas do diabo (Jó 2.3). Jesus, o nosso representante, venceu as tentações pelas quais foi posto a prova (Mateus 4.1-11), derrotando satanás e vencendo as dificuldades de ser fiel até a morte de cruz, não se corrompeu como o primeiro Adão.
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-> No momento mais doloroso da vida de Jó, a pessoa mais próxima dele (a sua própria mulher que vivia do seu lado e que também estava sofrendo com ele) convidou-o a negar a sua fidelidade a Deus e se rebelar contra os desígnios divinos (Jó 2.9). Estando Jesus na cruz, no auge do seu sofrimento, um dos ladrões que estavam sofrendo com ele, ao seu lado, o convidou a descer da cruz (Lucas 23.39-40). Isto implicava sair do Plano da Salvação, ou seja, amaldiçoar ou se rebelar contra Deus.
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-> Jó repreendeu sua mulher no seu zelo com Deus pela sua insensatez de criticar Jó por sua fidelidade a Deus. Isto lembra a repreensão do outro ladrão que também estava sofrendo ao lado de Jesus (Jó é uma figura de Cristo, mas também pode tipificar aquele ladrão arrependido e todos os que se voltam para Deus com fé, pedindo o seu perdão), pois ele repreendeu o outro ladrão que estava incitando a Cristo a se rebelar contra Deus, saindo da Sua vontade.
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-> A “chaga maligna” desde a cabeça de Jó, até a planta dos seus pés (Jó 2.7-8), era, certamente, o seu fim (alguns entendem que era lepra ou câncer de pele), ele não sairia vivo do meio das cinzas, onde estava se coçando com um caco de telha, mas Deus restaurou a sua saúde. Os sofrimentos de Cristo na cruz o levaram à morte, mas, ao terceiro dia Ele ressuscitou, pois o Poder de Deus o levantou dentre os mortos.
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-> A enfermidade e as dores de Jó nos lembram que Jesus levou sobre o seu corpo, no madeiro, as nossas doenças e sofrimentos: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si” (Isaías 53.4).
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-> Os amigos de Jó que vieram com o fito de consolá-lo, mas acabaram por querer imputar algum pecado a Jó, pondo eles em dúvida a sua integridade. Isto nos lembra os judeus, que acusaram Jesus de pecado injustamente e pensavam que, se Deus tinha permitido que ele fosse para a cruz e sofresse, é porque Jesus era maldito de Deus, ou seja, o Mestre deveria ter pecado, pois Deus o desamparara.
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-> Diante das acusações dos inimigos de Jó (de que Jó devia ter pecado para estar naquela situação), ele contrapôs o testemunho das suas boas obras, da sua justiça e fidelidade impecáveis diante de Deus e dos homens (todos podiam dar testemunho da bondade e justiça de Jó, conforme Jó 29.11-16). É notório que o Senhor Jesus somente fez o bem nesta Terra e não merecia sofrer na cruz, pois é o Santo e o Amado de Deus (Há mais de dois mil anos, a fama da perfeição de Jesus ainda resplandece como um Sol intenso, o Sol da Justiça, conforme Malaquias 4.2 e Mateus 4.16).
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-> A expressão de Jó sobre o testemunho dos seus concidadãos a respeito dele (“Ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; vendo-me algum olho, dava testemunho de mim”, Jó 29.11) lembra o testemunho que uma mulher deu, ao ouvir o Mestre de Nazaré: “E aconteceu que, dizendo ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão, levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que mamaste” (Lucas 11.27).
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-> A frase de Jó “Eu me fazia de olhos para o cego, e de pés para o coxo” (Jó 29.15) nos lembra o fato de Jesus ter dado vista aos cegos e curado os coxos: “E foram ter com ele no templo cegos e coxos, e curou-os” (Mateus 21.14).
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-> No final da história de Jó, ele acabou sendo uma benção para os seus amigos acusadores e que não creram nele, ou seja, na sua fidelidade e justiça, pois orou por eles. Estes amigos de Jó podem simbolizar a nação de Israel: por mais que não creu em Jesus e não aceitou a justiça que vem da cruz de Cristo, por fim, vai ser protegida e salva pelo Messias rejeitado por eles (a Palavra fala de um remanescente dos israelitas que ainda vão alcançar graça diante de Deus e vão reconhecer Jesus como o Messias prometido).
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-> O sofrimento e fidelidade de Jó não foi em vão, pois a sua história tem contribuído para o povo de Deus se manter íntegro a Deus e resistir aos ataques do inimigo, em toda circunstância, a séculos. De forma semelhante, a história de Cristo (o seu caráter perfeito, seu amor, santidade e justiça) tem servido de estímulo para todos nós não cedermos ao pecado, mesmo diante das adversidades da vida, a mais de dois mil anos.
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-> Jó, por fim, recuperou tudo o que tinha, em dobro, e pôde contemplar a Deus (antes somente o conhecia por ouvir a palavra da boca dos outros, agora, o viu com os próprios olhos). Jesus foi glorificado por Deus ao estado anterior à sua encarnação (com a vantagem de ter conquistado muitas almas dos homens) e, com o seu corpo ressurreto, adentrou a presença de Deus, embora já estivesse com Deus como a Palavra Eterna de Deus, e agora o contempla face a face.
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-> Os amigos de Jó lhe abandonaram quando estava nos momentos mais difíceis da sua vida, mas quando Deus restaurou a sua sorte, todos os seus amigos retornaram e lhe deram coisas valiosas como presentes. Os discípulos do Senhor também lhe abandonaram, nos seus sofrimentos, porém, após a ressurreição, todos os discípulos do Mestre voltaram e entregaram as suas vidas a Cristo, como valiosas ofertas de amor e gratidão.
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-> Por não ter negado ao seu Deus e permanecido fiel, pode ser afinal um representante dos homens diante de Deus, pois intercedeu por seus amigos (Deus não aceitou a oração deles, mas a de Ele aceitou, pois foi achado digno diante de Deus). Jesus, por ter sido fiel até a morte, e morte de cruz, tornou-se o nosso Representante e Intercessor diante do Deus Pai, e, pela sua justiça, somos aceitos diante de Deus (Hebreus 7.25). Por isso a Palavra diz: “Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos,
qual está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Romanos 8:34).
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-> Jó tinha filhos amados por quem ele zelava, oferecendo sempre sacrifícios a Deus para eles receberem graça, mas, depois do sofrimento e, por fim, exaltação de por Deus, Deus também lhe deu outros filhos. Isto tipifica o fato de que Deus tinha já filhos, os quais, por meio dos sacrifícios da Antiga Aliança, preservava da corrupção do pecado, mas, após a morte e ressurreição de Cristo, Jesus gerou, e está gerando, muitos outros filhos, os quais Ele limpa e protege do pecado pelo seu próprio sangue (a Nova Aliança).

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sombras de Cristo no Antigo Testamento 6

Sansão (Juízes 15-16):

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-> Sansão foi concebido por um ato milagroso de Deus, pois a sua mãe era estéril ("E o anjo do SENHOR apareceu a esta mulher, e disse-lhe: Eis que agora és estéril, e nunca tens concebido; porém conceberás, e terás um filho", Juízes 13.3). Cristo, de modo semelhante, foi concebido por intervenção divina, pois foi concebido no ventre de Maria pelo Espírito Santo (Lucas 1.31;34-35).

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-> O anjo de Deus avisou primeiramente a mãe de Sansão da sua concepção milagrosa, para depois avisar o seu pai, Manoá (Juizes 13.3;11-12). Da mesma forma, Maria foi avisada primeiro da sua escolha como mãe do Messias (Lucas 1.26-31) e, depois, Deus avisou José do nascimento de um ser especial, o Salvador do mundo, concebido de forma sobrenatural (Mateus 1.18-21).

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-> Sansão era nazireu e, por isso, deveria manter-se consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe até o final de sua vida, Juizes 13.7, (o seu cabelo representava a sua vida e, por isso, quando passaram a navalha no seu cabelo, a sua vida logo acabou). O Senhor Jesus teve uma vida realmente consagrada a Deus desde o ventre da sua mãe até a sua morte na cruz.

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-> Sansão foi traído por alguém em quem ele confiava (sua companheira Dalila), que o traiu mediante o recebimento de um valor em moedas de prata (Juízes 16.5,18). Assim também o nosso Mestre foi traído por um companheiro que comia com ele em sua mesa (João 13.18) e, como Dalila, Judas também o vendeu por dinheiro - e, por sinal, também eram moedas de prata (Mateus 26.14-16).

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-> Sansão foi entregue por seu próprio povo nas mãos dos filisteus, povo pagão (Juizes 15.13), para o matarem. Jesus também foi entregue pela nação de Israel para os romanos, também considerado um povo pagão, para ser crucificado.

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-> Nos tempos de Sansão, os filisteus reinavam sobre Israel e, por isto, estes os temiam (Juizes 14.4; 15.10-11), pois viam em Sansão uma ameaça à paz e às relações políticas com os filisteus. Nos dias de Cristo, os romanos dominavam sobre os Judeus e estes também temiam os romanos (João 11.48-51) e pensavam que Jesus faria, de algum modo, eles caírem das graças dos romanos.

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-> Os seus concidadãos juraram a Sansão que eles próprios não lhe matariam e que somente o entregariam aos filisteus (Juizes 15.12-13). Assim também os judeus, não mataram a Jesus com as suas próprias mãos (isto não lhes era possível, pois seria ilícito os judeus matarem, por si mesmos, alguém), mas o entregaram para ser morto pelas mãos dos romanos, pois estes tinham poder para tanto (João 18.31; João 19.6-16).

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-> Certamente, os inimigos de Sansão iriam matá-lo, depois de fazerem tudo o que quisessem com ele, pois este era o costume na época, mas ele tomou a iniciativa de sacrificar a sua vida (Juizes 16.26,29-30). Assim, os inimigos de Jesus tinham planos de matá-lo (Mateus 26.4-5), mas ele entregou a sua vida em sacrifício espontaneamente (Mateus 26.52-56).

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-> Antes de Sansão morrer, os seus inimigos brincaram com ele (Juizes 16.25), o que lembra os soldados romanos, os quais infligiram uma série de brincadeiras sádicas e cruéis ao nosso Senhor Jesus antes de ser crucificado (Mateus 27.31).

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-> As duas colunas que Sansão abraçou, quebrando-as (Juizes 16.29), no momento em que ele estava morrendo podem simbolizar os dois malfeitores que estavam um de cada lado do Senhor Jesus, Mateus 27.38, (tiveram as suas pernas quebradas literalmente, João 19.32, e foram “quebrados” desta vida), quando ele estava na cruz.

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-> Sansão orou a Deus na hora da sua morte para pedir vingança contra os seus inimigos (Juizes 16.28). Jesus também orou, mas para pedir o perdão aos seus algozes (Lucas 23.34).
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-> O cabelo de Sansão começou a crescer e, então, ele teve outra vez as forças sobrenaturais que lhe possibilitaram vencer os seus inimigos, trazendo uma grande vitória do povo de Deus contra seus inimigos, que lhes oprimiam. Após a sua ressurreição (o cabelo, como já afirmei, tipificava, na Bíblia, a vida), Jesus recebeu outra vez todo o poder no céu e na terra e trouxe a vitória para a Igreja contra os inimigos que nos escravizavam espiritualmente.

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-> Sansão, deu maior livramento ao seu povo dos seus inimigos com a sua morte do que com a sua vida. Jesus, o Nazareno de Deus, trouxe grandes vitórias espirituais e materiais (o perdão dos pecados e a ressurreição, a título de exemplos) para o seu povo por intermédio da sua morte na cruz.

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-> Tal como a morte de Sansão, que foi de condenação para os seus inimigos e vitória para o seu povo (Juizes 16.30), a morte de Cristo é sinal de condenação para os que o rejeitam e sinal de salvação para os que o seguem, lhe sendo fieis (João 6.53; I Coríntios 11.27).

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-> Vemos um fim inusitado na história de Sansão: os seus irmãos buscaram o seu corpo do território dos seus inimigos (Juizes 16.31) - não deixando que o seu corpo ficasse sepultado junto com os ímpios - e o sepultaram com honra em Canaã, a terra prometida. De forma análoga, o corpo de Cristo era para ser sepultado com malfeitores (Isaias 53.9), mas, por pedido de José de Arimatéia, um cidadão judeu e admirador de Jesus, foi sepultado em um túmulo seu e, ao terceiro dia, ressuscitou e, depois, ascendeu ao Céu, à Canaã celeste (João 19.38).

Sombras de Cristo no Antigo Testamento 5

Isaque (Gênesis 21-35):

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-> Sara, mulher de Abraão era estéril (Gênesis 16.1-2) e, portanto, não podia ter filhos e, apenas com noventa anos, Sara teve Isaque por uma intervenção do próprio Deus (Gênesis 18.11-14). De forma análoga, Jesus foi concebido no ventre de Maria por um ato milagroso do próprio Deus, pois foi concebido pelo Espírito Santo.

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-> A história bíblica registra também que Abraão, por determinação divina (Gênesis 22.1-2), se dispôs a oferecer o seu filho em sacrifício a Deus (Gênesis 22.3,9-10). Isto denota que o sacrifício expiatório de Jesus por nossos pecados foi realizado, não por mera vontade humana, mas por determinação e iniciativa divina.

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-> O local onde Abraão deveria oferecê-lo era em certo monte (Gênesis 22.2). Tal como Cristo, que foi crucificado em um monte chamado Gólgota.

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-> No caminho em direção ao monte, acompanharam Abraão dois homens, servos de Abraão (Gênesis 22.3). Tais personagens, que figuravam na história do patriarca Abraão, podem representar os dois homens que também percorreram o caminho com Jesus até o Gólgota, para serem crucificados.

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-> Isaque subiu o monte com a lenha em seus ombros, instrumentos que serviriam para seu próprio sacrifício (Gênesis 22.6). Jesus carregou também a cruz terrível, que seria o instrumento da sua própria crucificação (João 19.17).

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-> Isaque não se rebelou contra o seu pai Abraão, se deixando amarrar sobre o altar para ser imolado (Gênesis 22.9). Jesus, como um cordeiro mudo e obediente (pois é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo), cumpriu a vontade de seu Pai celestial, deixando-se pregar na cruz (Isaias 53.7).

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-> Abraão deu espontaneamente, em obediência a Deus, o seu filho único em sacrifício, não o poupando. Deus, o nosso Pai celestial, deu o seu Filho Unigênito em sacrifício em obediência a sua própria fidelidade e santidade.

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-> Isaque estava destinado a morrer sobre aquele monte, mas, com o brado do anjo, seu pai Abraão o recobrou, como se estivesse o reavendo da morte (Gênesis 22.11-12). Jesus realmente morreu sobre o monte Gólgota, mas ressuscitou por decreto divino.

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-> Isaque era a semente bendita de Abraão, o qual lhe multiplicaria a descendência como as estrelas dos céus (tal era a promessa de Deus a Abraão e a Sara, Gênesis 15.5). Jesus é a semente bendita da mulher (prometido por Deus a Adão e Eva, Gênesis 3.15) que gerou milhões e milhões de filhos para Deus (os discípulos de Jesus).

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-> Para que Abraão tivesse confirmada a promessa de ter multiplicada a sua descendência (Gênesis 22.16-18), precisava que o seu filho “ressuscitasse” da sua “sentença de morte”, que era a ordem de Deus que o oferecesse em sacrifício. Para que houvesse milhões de cristãos hoje, era necessário que Jesus ressuscitasse dos mortos (Lucas 24.46-47).

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-> Deus providenciou um carneiro, que morreu no lugar de Isaque (“Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho”, Gênesis 22.13). Esse carneiro é figura do verdadeiro Cordeiro de Deus que morreu em nosso lugar, Jesus de Nazaré (João 1.29).

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-> Por fim, Abraão retornou para sua casa com seu filho: O corpo de Isaque não estava morto e sem vida nos braços de Abraão, mas Isaque estava, sim, vivo e saudável, caminhando ao lado do seu pai (Gênesis 22.19). De forma semelhante, Jesus retornou ressurreto e glorioso para o seu lar celestial, para estar com seu Pai divino, à sua direita.

Sombras de Cristo no Antigo Testamento 4

Mardoqueu (Livro de Ester):

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-> Mardoqueu passou, primeiro pela humilhação (Ester 2.5-6) para depois ser exaltado (Ester 6.10-11; Ester 10.2-3), tal como Cristo, que começou a sua história numa humilde manjedoura, em uma estrebaria de animais, e está hoje assentado à destra do trono de Deus, nas alturas.

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-> No inimigo de Mardoqueu e do povo judeu, o malvado Hamã, podemos ver uma figura de Judas: Tal como Judas que traiu a Jesus por trinta moedas de prata, ao ver que seguir ao Nazareno não lhe traria riquezas e posição social, Hamã também entregou a Mardoqueu e o seu povo por uma soma de dinheiro em prata (Ester 3. 5-9), pois viu uma oportunidade de ganhar ainda mais poder e favor do rei por meio do dinheiro e, além disso, exterminar um povo que não lhe glorificava.

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-> Hamã também é uma figura de satanás, que queria que todos se prostrassem diante dele (Ester 3.2-5) e que é o perseguidor do povo de Deus. No entanto, por mais que tramou a morte e destruição do povo de Deus, já foi derrotado por Cristo e a sua cruz. Jesus, tal qual Mardoqueu, que não se prostrou diante de Hamã, não se prostrou também diante do diabo (Mateus 4.9-10), pois nunca pecou.

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-> Mardoqueu denunciou dois homens que conspiravam contra o rei, selando-lhes o destino: os dois morreram (Ester 2.21-23). Tais personagens podem representar os dois malfeitores que morreram ao lado de Jesus: também tiveram selado os seus destinos por Jesus (com a diferença que um deles, tendo se arrependido, recebeu o perdão de Deus, antes de morrer).

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-> Mardoqueu era para ser levantado em uma forca (a forca pode representar a cruz), pois já o tinham sentenciado à morte – ele e todo o seu povo iriam morrer (Ester 7.3-4). Deus, no entanto, transformou a morte certa em vida, e o luto, em alegria. De forma parecida, Jesus foi morto e, com ele, a esperança de todos os seus discípulos, mas Deus o ressuscitou (e, com Jesus, nós também revivemos), trazendo-nos alegria, vida e esperança.

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-> Outro morreu em lugar de Mardoqueu: o maldito Hamã. Jesus, sendo levantado na cruz, enfrentou a morte, feito ele próprio maldição por nós, por ter levado sobre si os nossos pecados e, desse modo, aplacou a ira divina (“Enforcaram, pois, a Hamã na forca, que ele tinha preparado para Mardoqueu. Então o furor do rei se aplacou”, Ester 7.10).

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-> A vitória e exaltação de Mardoqueu pelos seus méritos (o rei lhe honrou por lhe ter salvado a vida, pois denunciou aos conspiradores) foi também a salvação do seu povo, os judeus, que também estavam sob a sentença de morte. Assim também nós, a Igreja de Jesus: somos vitoriosos sobre o pecado e a morte pela vitória e pelos méritos de Cristo (devido a sua justiça, Jesus garantiu a sua própria ressurreição e a de todos nós).

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-> Ester era órfã de pai e mãe, mas, sendo fiel a Deus e obediente ao seu pai adotivo (seu primo Mardoqueu), acabou por ocupar um lugar honroso como rainha. Assim também a Igreja, pois, sendo pobres e necessitados, fomos adotados como filhos de Deus por intermédio de Cristo e nos assentaremos no trono com Cristo para reinarmos se lhe formos obedientes.

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-> Ester, por mais que hesitou um pouco, no princípio, diante do perigo, arriscou a sua vida para a salvação da sua nação e intercedeu ao rei pelo seu povo e por Mardoqueu, pode ser um tipo da Igreja: tal como Ester, a Igreja intercede pelas vidas e está disposta até mesmo a morrer por Cristo e pelo seu povo.

Sombras de Cristo no Antigo Testamento 3

Jonas (Livro de Jonas):

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-> Jonas estava dormindo no porão do barco, quando os que estavam no barco vieram lhe chamar e pedir que invocasse o seu Deus para que Ele acalmasse o vento e o mar (Jonas 1.6). Da mesma forma, Jesus, certa feita, estava dormindo em um barco e o mar estava furioso e o vento assoprando a ponto de quase afundar o barco, os discípulos, no entanto, vieram lhe acordar para que os socorresse. Então, Jesus repreendeu o mar e o vento (Mateus 8.24-27). Como Jonas, o homem Jesus estava dormindo naquele barco, como o Deus de Jonas, Jesus repreendeu o vento e o mar, e estes lhe obedeceram.

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-> Estas duas histórias - a de Jonas com os tripulantes do navio e a de Jesus com os seus discípulos no barco - ilustram bem a obra expiatória de Cristo em nosso lugar na cruz: Todos nós estávamos no mesmo "barco", pois todos somos pecadores, mas Jesus, para aplacar a ira divina, veio a este mundo, pela encarnação, e se ofereceu a si mesmo pelos nossos pecados ("o justo pelos pecadores, para levar-nos a Deus", I Pedro 3.18), "acalmando" a justiça divina.

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-> Os esforços dos tripulantes (Jonas 1.5,13) para salvar o barco (atirarem as coisas ao mar e clamarem aos ídolos - atos que não tiveram resultados para acalmar o mar e para salvá-los) podem representar os meios e tentativas de salvação humanos, que não podem salvar dos seus pecados (estes meios não satisfazem a justiça divina).

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-> Assim como apenas atirando o profeta Jonas ao mar este se acalmou (Jonas 1.15), somente temos salvação por intermédio do perfeito sacrifício de Cristo, que agradou a Deus.

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-> Na história de Jonas, todos os outros tripulantes do barco eram pecadores e idólatras, mas, embora o único pecado de Jonas fosse fugir de Deus por não querer ir pregar a homens maus e pecadores - os terríveis ninivitas -, aqueles homens tripulantes do barco e o próprio profeta viram somente em Jonas o culpado pela fúria do mar ou de Deus (Jonas 1.10). Jesus foi perfeito em tudo - a única razão de Ele vir a este mundo foi a salvação de um povo pecador ao qual Jesus foi enviado para salvar -, mas "ele se fez pecado por nós", II Coríntios 5.21.

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-> Com a sorte que lançaram, Jonas assumiu sozinho a culpa (ele poderia pensar que a ira de Deus era também contra os outros homens, que também eram pecadores, mas não cogitou nisso, assumiu toda a culpa sozinho, Jonas 1.8-10). Jesus, cumprindo os desígnios predeterminados por Deus - as "sortes" divinas -, assumiu todos os pecados da humanidade.

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-> Jonas ofereceu a sua vida para salvar a tripulação do barco, dizendo-lhes que lhe atirassem no mar (Jonas 1.12). Todos nós estávamos em um mesmo "barco" destinado a afundar, pois todos somos pecadores, mas Jesus deu a sua vida pela Humanidade permitindo que o crucificassem, para nos livrar da morte e do inferno ("Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu; se, pois, me buscais a mim, deixai ir estes", João 18.8).

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-> Jonas, ao ser atirado no mar, acalmou-o pela oferta de si mesmo, da sua própria vida, e livrou os tripulantes do barco do naufrágio e da morte (Jonas 1.15). Jesus também, com o seu sacrifício, nos livrou da ira divina e do juízo e da condenação da morte eterna ("o castigo que nos traz a paz estava sobre ele", Isaías 53.5).

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-> O livro de Jonas descreve um detalhe interessante: havia algas enroladas em sua cabeça no ventre do peixe (Jonas 2.5). De forma análoga, foi colocada na cabeça de Jesus uma coroa feita de uma planta com espinhos (João 19.2).

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-> Após Jonas cair na água, ela se acalmou, tal como o profeta havia predito aos homens do barco que aconteceria. Então, eles adoraram ao Deus de Jonas, oferecendo-lhe sacrifícios (Jonas 1.15-16). Jesus levou em seu próprio corpo na cruz o castigo e ressuscitou ao terceiro dia - eventos que ele já havia predito aos seus discípulos -, para que hoje pudéssemos oferecer sacrifícios a Deus com uma consciência pura ("muito mais o sangue de Cristo purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao nosso Deus vivo", Hebreus 9.14).

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-> Jonas estava irremediavelmente condenado a morrer na "sepultura" do ventre de um grande peixe, mas alcançou o favor divino, sendo, após estar ele três dias no ventre do peixe, "ressuscitado" por Deus (Jonas 1.17; Jonas 2.10). Assim também Cristo, que ficou três dias no "ventre" da terra (a sepultura) e, depois, ressuscitou (Lucas 24.46; Atos 10.40).

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-> Ao ter de novo a sua vida, Jonas foi à cidade de Nínive e lhes pregou a palavra da salvação (Jonas 3.3-4). Assim também Cristo, depois de ter ressuscitado, foi enviado por Deus para ser o Profeta dos gentios (é anunciado em todo mundo a Jesus e sua mensagem de salvação).

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-> Assim como os ninivitas, que creram no profeta Jonas e se converteram a Deus, se arrependendo das suas maldades, receberam o perdão divino e escaparam do juízo de Deus (Jonas 3.5-10), todos aqueles que crerem em Jesus, deixando os seus pecados e se convertendo a Deus, serão salvos da condenação no dia do Juízo.

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-> O profeta Jonas (que pode representar também Israel, sua inimizade e desprezo pelos pagãos) ficou enfadado com o Senhor, por Deus não ter destruído Nínive (Nínive representa os gentios) por seus pecados (nós, pela justiça divina, éramos dignos da ira de Deus).

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-> Jonas se sentia penalizado e pediu a morte, pois não via a justiça divina sendo cumprida. Os judeus, em seu legalismo, também não entenderam o amor – e a justiça – de Deus, pelos gentios.

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-> Jonas pediu a sua morte ao Senhor, mas Deus não lhe deu a morte por sua dureza de coração, antes, pacientemente, fez crescer com um ato milagroso uma planta, Jonas 4.6, (a planta, aqui, simboliza Cristo, que veio ao mundo por iniciativa divina) para lhe fazer sombra (Jesus só fez o bem para o povo de Israel). A planta morreria, depois, em lugar de Jonas.

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-> A planta foi criada por Deus, e também eliminada por Ele (Jonas 4.7), para ser usada como instrumento pedagógico do amor divino. Deus, por meio de Jesus – sua vida e morte –, ensina grandeza do perdão e amor divinos.

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-> Quando Jonas estava confortado com a planta e sua sombra (os judeus pensavam que o Cristo seria somente para o bem da sua nação), Deus mandou que um pequeno verme cortasse a planta (simboliza, aqui, o Império Romano, que executou a pena de morte de Cristo).

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-> Jonas não matou a planta, mas a sua dureza de coração levou a que ela morresse para Deus ensiná-lo por meio da morte dela (os judeus não mataram a Cristo, mas a sua dureza de coração levou-os a entregá-lo aos romanos, para ser crucificado).

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-> Com a morte da planta, Jonas ficou mais enfadado ainda. Deus lhe argumentou: tens compaixão de uma planta que não trabalhou para fazer crescer (ela cresceu milagrosamente: aponta para a concepção milagrosa de Jesus; ele não é uma invenção dos judeus), mas não tens pena dos habitantes de Nínive (Jonas 4.10-11). Os judeus desejavam a vinda de Cristo, mas somente para a exaltação de Israel, e não para o bem dos gentios.

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-> Na verdade, Jonas não queria se sacrificar a si mesmo (tinha pena de si, e não da planta), o seu ego e a sua reputação (a palavra de juízo que proferira não se cumprira): ou seja, a vida dos ninivitas era a morte do profeta como profeta. O apóstolo Paulo nos diz, no Novo Testamento, que a queda dos judeus como nação eleita é a exaltação dos gentios (Romanos 11.11), pois Deus já não trata profeticamente com Israel.

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-> Deus fez crescer a planta, para ensinar o amor de Deus a Jonas. Deus, pela encarnação e morte de Cristo, quer ensinar uma lição de amor a Israel e aos gentios, pois ama também “os ninivitas”, ou seja, nós, os gentios (“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, João 3.16).

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-> Jonas deveria entender que, assim como Deus lhe perdoou, quando ele lhe desobedeceu, fugindo da sua vontade, ele deveria desejar o mesmo para os ninivitas. Assim também os judeus: deviam entender que, assim como Deus foi paciente com eles e os amou, também deviam aceitar o amor de Deus pelos gentios.

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-> Deus ordenou o sacrifício da planta, e não a destruição dos ninivitas, concedendo-lhes o perdão. Isto aponta para o fato de que Deus não poupou seu único Filho, antes o sacrificou, para nos perdoar e salvar ("Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?", Romanos 8 : 32).

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-> A cidade de Nínive, por mais que se converteu a Deus com a pregação de Jonas, não continuou sendo fiel a Deus, pois as gerações futuras não seguiram o mesmo caminho daqueles ninivitas que receberam as palavras de Jonas e que se salvaram. Aproximadamente 100 anos mais tarde, Deus executou o seu juízo e destruiu Nínive (livro do profeta Naum). Assim também esse mundo será alvo do juízo de Deus, pois o tempo da graça no qual Cristo e sua salvação estão sendo anunciados irá passar e somente se salvarão aqueles que crerem na mensagem de Cristo e seguirem os seus ensinos.

Sombras de Cristo no Antigo Testamento 2

José (Gênesis 37 - 50):

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-> A mãe de José, Raquel, era estéril (Gênesis 30.1-2) e, por uma intervenção divina, concebeu e deu a luz a José (“E lembrou-se Deus de Raquel; e Deus a ouviu, e abriu a sua madre”, Gênesis 30.22). Era impossível a mãe de Jesus, Maria, ter um filho, sendo virgem, mas Deus, com um ato milagroso, fez Maria conceber e dar a luz a Jesus (Lucas 1.34-35).

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-> Os irmãos de José tinham inveja dele, por ser um filho especial e preferido de Jacó, seu pai (Gênesis 37.4), e por apontar as suas más ações (Gênesis 37.2). Os judeus tinham inveja de Jesus por ser amado pelo povo (Marcos 15.10), o odiavam por ele afirmar ser o Filho de Deus (João 5.18) e por acusar os seus pecados (João 7.7).

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-> José foi enviado por seu pai para ver como os seus irmãos estavam e para lhes dar alimentos, mas eles, ao verem-no, só pensaram em lhe fazer o mal e em lhe tirar a vida. Jesus foi enviado por Deus, o seu Pai, para trazer o alimento espiritual ao seu povo, mas os judeus nem levaram isto em conta e planejaram a sua morte.

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-> Judá, um dos doze filhos de Jacó, irmão de José, teve a iniciativa de vendê-lo por vinte moedas de prata (Gênesis 37.26,27). Judas, um dos doze apóstolos, tomou a iniciativa de procurar os sacerdotes para entregar Jesus por trinta moedas de prata (Mateus 26.14-15).

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-> Os irmãos de José tinham conspirado contra José e determinado a sua morte (Gênesis 37.18), mas, por fim, ele ficou vivo e o tiraram da sua “sepultura” (o poço no qual o tinham lançado para morrer), assim, José foi como que ressuscitado (Gênesis 37.24). Os judeus compatriotas – os “irmãos” – de Jesus conspiraram contra ele e o condenaram a morte, mas Jesus não ficou na sepultura onde o puseram, pois Deus o ressuscitou no terceiro dia (Mateus 26.3-5; Mateus 28.6).

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-> Os irmãos de José tiraram a sua túnica (Gênesis 37.23) e zombaram dele, chamando-lhe de “sonhador mor”, para, depois, o matarem (“E disseram um ao outro: Eis lá vem o sonhador-mor! Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos” Gênesis 37.19-21). Jesus foi também despido e escarnecido pelos judeus e pelos soldados romanos antes de ser pregado na cruz e morto (Mateus 27.28,40-43 Lucas 23.11,35).

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-> Os irmãos de José acabaram por matar um carneiro em lugar dele (Gênesis 37.31-32), banhando as suas vestes com o sangue dele (para dar a entender a seu pai que José morreu, devorado por alguma fera), ou seja, José não precisou ser sacrificado: um carneiro inocente morreu em seu lugar. O carneiro sacrificado pelos irmãos de José simboliza o Cordeiro substituto, dado por Deus, Jesus, sacrificado na cruz pelos “irmãos” de Jesus, os judeus (João 1.29).

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-> Não sendo morto por eles, José foi vendido pelos seus próprios irmãos como escravo nas mãos de mercadores pagãos, os ismaelitas, (Gênesis 37.26-28). De forma similar, Jesus foi entregue pelo seu povo, o povo de Israel, pois que os judeus o entregaram nas mãos das autoridades romanas (Mateus 27.18,26).

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-> José, sendo servo na casa de Potifar, resistiu a tentação da mulher de Potifar e não pecou contra Deus, não se corrompendo no Egito (Gênesis 39.7-8). Jesus, na forma de homem, como servo, resistiu a tentação de satanás, sendo fiel a Deus nesta terra (Mateus 4.1-10).

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-> No Egito, José, sendo irrepreensível para com Deus e para com os homens, acabou por ser preso junto com dois egípcios (Gênesis 39.20; Gênesis 40.1-4). Jesus só fez o bem quando palmilhou esta terra, mas foi contado com dois ladrões e crucificado com eles, um de cada lado da sua cruz (João 19.18).

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-> Um dos que estavam presos com José teve um destino final de glória na presença do rei e o outro teve um fim triste caído do favor do rei e morto (Gênesis 40.8-19). De forma semelhante, um dos dois ladrões crucificado com Jesus, reconhecendo-o como o Cristo e se arrependendo dos seus pecados, teve um final feliz, no Céu na presença de Deus, e o outro teve um final triste, morrendo sem salvação (Lucas 23.43).

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-> Os irmãos de José rejeitaram o primado de José, mas José, por fim, depois de muito sofrimento, se tornou governador sobre um povo que não era da sua raça. Tal qual José, Jesus não foi aceito pelos seus irmãos, os judeus, e acabou reinando sobre um povo estranho (mesmo Jesus sendo o Messias dos judeus, tornou-se o Cristo dos gentios).

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-> No Egito, José foi denominado “Zafenate–Paneia”, que quer dizer, salvador do mundo (Gênesis 41.45). Jesus é conhecido, hoje, por nós, os gentios, como o Salvador do Mundo, pois nos salvou da perdição eterna e nos dá alimento espiritual, pois é o Pão da vida (João 6.33).

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-> José teve a experiência de ser primeiro servo para depois ser senhor de todo o Egito (Gênesis 39.7; Gênesis 41.41-44). Jesus também passou pela fase de humilhação, como servo de Deus e dos homens, mas agora Ele é Rei e Senhor sobre os gentios (o Egito simboliza o mundo não judaico), ainda que não reconhecido pela maioria das pessoas, é o nosso Rei.

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-> Jacó, o pai de José, que o tinha por morto devido à veste estraçalhada e ensangüentada apresentada pelos irmãos de José, o reencontrou como se estivesse recobrando-o dentre os mortos (Gênesis 45.25-28). Jesus realmente ressuscitou ao terceiro dia, pois, embora tenha sido morto pelos seus irmãos, os judeus, não permaneceu no túmulo e aparecerá vivo para Israel, que fora simbolizado pelo ancião Jacó, no fim dos tempos (João 19.37).

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-> O corpo de José foi guardado embalsamado e conduzido, depois, juntamente com o povo de Deus, para a terra prometida (figura do céu), Gênesis 50.25. Aponta para a santidade do corpo de Cristo, o qual, depois da sua morte, foi tratado com especiarias e colocado em um túmulo novo de uma pessoa rica e honrada (o Senador José de Arimatéia), ou seja, não foi sepultado com os ladrões, como fora designado anteriormente, tendo ressuscitado e ascendido ao céu (João 19.38-42; Atos 1.10-11).

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-> Assim como a família de José por fim o reconheceu e recebeu dele o perdão e a ajuda em tempo de fome, as Escrituras prevêem também que Jesus será aquele que governará o povo de Israel nos fins dos tempos, o qual aceitará a Cristo como seu rei, lhes dando o Senhor o livramento, o sustento e a proteção.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sombras de Cristo no Antigo Testamento 1

O que Jesus apontou nas Escrituras hebraicas sobre si mesmo (“Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos” - Lucas 24.45-46)? Talvez estivesse apontando para os seguintes textos bíblicos sobre alguns personagens do Antigo Testamento e a outros textos proféticos, os quais irão sendo postados por mim aos poucos, se Deus assim o permitir:
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Daniel (História no livro de Daniel):

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-> Daniel, que era da linhagem real, foi levado cativo de Jerusalém à Babilônia, para ser escravo. Assim também Jesus, o Filho de Deus, sendo o Rei dos reis, desceu da Jerusalém Celestial, o Céu, e tomou a forma de escravo (se tornou um simples homem).

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-> Daniel, sendo homem, foi tentado a que comesse dos manjares do rei e que se prostrasse diante dos costumes pagãos, não cedeu, permanecendo fiel a Deus e à sua Palavra. Isto aponta para o fato de Jesus, o homem perfeito (o “segundo Adão”), ter resistido às investidas do diabo e o vencido pela Palavra de Deus, pois a guardou no coração, não se prostrando diante do inimigo.

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-> Embora o jovem Daniel fosse fiel em tudo, mesmo assim os seus inimigos buscavam algum pretexto para acusá-lo. Isto lembra que o Senhor Jesus era sem pecado, mas os seus opositores procuravam algo para acusá-lo.

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-> Eles queriam achar alguma falha em relação aos negócios do rei e, depois, tentaram achar algo referente a Deus, no jovem Daniel. Os herodianos puseram Jesus à prova, colocando-o contra Cezar (no caso da moeda), mas Ele disse: “dai a Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus”, ou seja, não conseguiram achar nele desobediência às autoridades humanas e nem a Deus.


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-> O moço Daniel era de oração, não descuidava da sua comunhão com Deus (orava três vezes ao dia). Jesus viveu em contínua oração, pois estava sempre em comunhão com o Pai celestial.

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-> Foi condenado injustamente e, aparentemente, os seus inimigos prevaleceram contra Daniel, mas por fim prevaleceria. De forma parecida, os inimigos do nosso Mestre tentaram vencê-lo e, até mesmo, pensaram que o tinham vencido, mas, por fim, Ele triunfou completamente.

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-> Os inimigos de Daniel o acusaram diante do rei e pediram a sua morte. Isto aponta para o fato de os judeus levarem Cristo aos governantes romanos e solicitarem a sua morte.

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-> Assim como o rei sabia da inocência de Daniel e queria livrá-lo, mas acabou por ceder aos que queriam a morte de Daniel. Assim também, tanto Herodes como Pilatos, reconheceram a inocência do nosso Salvador, mas cederam à pressão dos judeus e mandaram crucificá-lo.

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-> O fato de o rei ter dito que o Deus de Daniel, a quem este servia continuamente, o livraria da morte lembra as profecias, tendo Deus, o nosso Rei, falado pela boca dos profetas que Jesus seria ressuscitado por Deus, por ser o Servo perfeito de Deus.

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-> Então, Daniel foi posto na cova dos leões, onde seria o seu fim, a sepultura onde ficariam os seus restos mortais. De forma similar, o Senhor Jesus, após a sua morte, foi colocado na sepultura e todos pensavam que ali permaneceria.

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-> Colocaram uma pedra à boca da cova dos leões e a selaram para que ninguém a tirasse dali. Isto lembra a pedra que foi posta à entrada da sepultura do Senhor.

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-> Assim como Daniel saiu ileso das garras dos leões e não foi morto. Jesus, embora tenha morrido, foi vencedor, pois não foi possível que a morte o retivesse.

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-> Dois sátrapas, que tinham inveja de Daniel e não queriam que ele fosse colocado sobre todo o reino, e que morreram na cova onde Daniel teria morrido, senão fosse o Senhor resgatá-lo da morte foram lançados na cova dos leões e devorados por eles. Eles podem ser figuras dos dois ladrões que tiveram a mesma sorte de Jesus, pois foram cruscificado ao seu lado. 
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-> Todos os ossos dos inimigos de Daniel foram quebrados (Daniel 6.24), ao passo que nenhum osso de Daniel foi quebrado, posto que era um justo (Daniel 6.22). Os ossos dos dois ladrões que morreram ao lado de Cristo crucificados foram quebrados, mas nenhum dos ossos de Jesus foi quebrado, visto que é o Santo (João 19.32-33).
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-> O ministério dos anjos está relacionado ao livramento de Daniel, pois ele referiu que Deus enviou o seu anjo e este fechou a boca dos leões. Isto nos faz lembrar que os evangelhos relatam que um anjo desceu do Céu, como relâmpago, e retirou a pedra da entrada do túmulo, para que Jesus saísse com o seu corpo ressurreto e glorioso.

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-> Daniel atribuiu à sua inocência o fato de Deus ter fechado a boca dos leões e estes não o terem devorado. As escrituras nos ensinam que Jesus morreu por nossos pecados e, por não ter nem sequer um pecado, ressuscitou e garantiu a ressurreição a todos.

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-> O rei veio a cova dos leões bem cedo choroso e teve a surpresa de ver Daniel são e salvo. Isto lembra as mulheres que vieram bem cedo à sepultura do Amado Mestre e encontraram Ele vivo, pois ressuscitou.

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-> A alegria do rei pela vida de Daniel lembra a alegria dos discípulos do Mestre, ao verem Jesus vivo e comerem com ele, atestando que não era apenas um espírito, mas o mesmo Jesus que venceu a morte.

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-> O rei, por fim, exaltou a Daniel e o colocou em uma posição de honra no governo (antes mesmo de Daniel ser lançado na cova dos leões e sair vitorioso o rei já desejava colocá-lo sobre todo o reino). De forma semelhante, o Senhor Jesus recebeu um nome que é sobre todo nome e é o Rei dos reis e Senhor dos Senhores (isto já era assim predeterminado por Deus).

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-> O decreto do rei para que fosse anunciado que o Deus que livrou a Daniel fosse temido em todos os reinos é figura do Evangelho, pois Deus ordenou-nos que fosse anunciado em todas as nações a morte de Jesus pelos nossos pecados e a sua ressurreição, para que todos se arrependam dos seus pecados e se voltem a Deus.

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-> A expressão do rei, inspirado pelo Espírito Santo, de que o Deus de Daniel “opera sinais e maravilhas no céu e na terra” (Daniel 6.27), em exaltação e adoração a Deus, nos faz lembrar a profecia do profeta Joel, a saber, “mostrarei prodígios no céu e na terra” (Joel 2.30) e lembrada e cumprida, ainda que em parte (será completamente cumprida no futuro), no dia de Pentecostes (Atos 2.19).

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-> Pelo fato de Daniel ser um homem mui amado por Deus, o Senhor lhe deu – na continuação do livro de Daniel, considerado o Apocalipse do Antigo Testamento – revelações que descortinariam a história de Israel e dos demais reinos mundiais. Isto nos lembra que Jesus, o Filho Amado de Deus, foi quem nos conquistou a grande Revelação (Apocalipse), nos dando a chave que resolve o mistério da História Humana.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A Luz e a Palavra

A luz tem um significado espiritual na Bíblia: tipifica a própria Palavra de Deus ("Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho"), ao próprio Deus (seus atributos essenciais: "Deus é luz e nele não há trevas nenhumas") e também aos que são verdadeiros discípulos de Cristo ("Vós sois a luz do mundo"), pois revelam o caráter de Cristo em si mesmos e levam a mensagem do evangelho aos que estão em trevas espirituais.
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Sem a luz não há a fotossíntese. Sem a fotossíntese, as plantas não crescem. Sem crescimento não geram frutos e não se reproduzem.
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Assim também somos nós: sem a Palavra de Deus, não temos vida espiritual e crescimento. Sem o crescimento espiritual, não geramos bons frutos e não temos descendentes espirituais.
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Que a Palavra de Deus venha sempre iluminar e mostrar os perigos no caminho para todos nós. Assim como somente com a luz conhecemos o mundo exterior, pois sem ela não vemos nada, também somente por intermédio da Palavra de Deus conhecemos a verdade sobre o mundo espiritual e sobre a verdade de Deus e a origem de tudo.
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O justo tem cada vez mais a luz de Deus na sua mente, mas muitos não permitem que a luz de Deus lhes ilumine:
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"Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam". (Provérbios 4.18-19).
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A Palavra de Deus nos desvenda os mistérios de tudo o que precisamos para discernirmos o bem e o mal e para andarmos com segurança para o Céu, sem tropeçarmos e cairmos no caminho. Como diz o Salmo: "Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra e luz para o meu caminho". Quando diz que é "lâmpada para os meus pés" e, logo após, diz "luz para o meu caminho" não está simplesmente repetindo a mesma coisa de forma diferente..
Quando diz: "lâmpada para os nossos pés": É que a Palavra nos mostra como agirmos hoje, agora, não deixando que caiamos em algum buraco, precipício ou armadilha do inimigo de nossas almas, e também nos mostra aonde vai dar o nosso proceder, se continuarmos caminhando na mesma direção, se continuarmos agindo do mesmo modo, pois, às vezes, parece que não há consequência nenhuma para o presente, mas poderão nossas ações nos levar a ter consequências futuras, por isso a Palavra é "luz para o nosso caminho".
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No entanto, nossa vereda (caminho) é cada vez mais iluminada como a luz da aurora (o nascimento do sol) somente quando cremos e conhecemos a Jesus, o Sol da Justiça:
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"Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, e cura trará nas suas asas." (Malaquias 4.2).
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Que a Palavra de Deus, que irradia luz espiritual em nosso caminho, dando sentido, beleza e segurança à nossa vida, continue iluminando cada vez mais a nossa mente. Um Abraço a todos os leitores do blog e fiquem na paz e na graça do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!