sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sombras de Cristo no Antigo Testamento 2

José (Gênesis 37 - 50):

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-> A mãe de José, Raquel, era estéril (Gênesis 30.1-2) e, por uma intervenção divina, concebeu e deu a luz a José (“E lembrou-se Deus de Raquel; e Deus a ouviu, e abriu a sua madre”, Gênesis 30.22). Era impossível a mãe de Jesus, Maria, ter um filho, sendo virgem, mas Deus, com um ato milagroso, fez Maria conceber e dar a luz a Jesus (Lucas 1.34-35).

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-> Os irmãos de José tinham inveja dele, por ser um filho especial e preferido de Jacó, seu pai (Gênesis 37.4), e por apontar as suas más ações (Gênesis 37.2). Os judeus tinham inveja de Jesus por ser amado pelo povo (Marcos 15.10), o odiavam por ele afirmar ser o Filho de Deus (João 5.18) e por acusar os seus pecados (João 7.7).

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-> José foi enviado por seu pai para ver como os seus irmãos estavam e para lhes dar alimentos, mas eles, ao verem-no, só pensaram em lhe fazer o mal e em lhe tirar a vida. Jesus foi enviado por Deus, o seu Pai, para trazer o alimento espiritual ao seu povo, mas os judeus nem levaram isto em conta e planejaram a sua morte.

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-> Judá, um dos doze filhos de Jacó, irmão de José, teve a iniciativa de vendê-lo por vinte moedas de prata (Gênesis 37.26,27). Judas, um dos doze apóstolos, tomou a iniciativa de procurar os sacerdotes para entregar Jesus por trinta moedas de prata (Mateus 26.14-15).

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-> Os irmãos de José tinham conspirado contra José e determinado a sua morte (Gênesis 37.18), mas, por fim, ele ficou vivo e o tiraram da sua “sepultura” (o poço no qual o tinham lançado para morrer), assim, José foi como que ressuscitado (Gênesis 37.24). Os judeus compatriotas – os “irmãos” – de Jesus conspiraram contra ele e o condenaram a morte, mas Jesus não ficou na sepultura onde o puseram, pois Deus o ressuscitou no terceiro dia (Mateus 26.3-5; Mateus 28.6).

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-> Os irmãos de José tiraram a sua túnica (Gênesis 37.23) e zombaram dele, chamando-lhe de “sonhador mor”, para, depois, o matarem (“E disseram um ao outro: Eis lá vem o sonhador-mor! Vinde, pois, agora, e matemo-lo, e lancemo-lo numa destas covas, e diremos: Uma fera o comeu; e veremos que será dos seus sonhos” Gênesis 37.19-21). Jesus foi também despido e escarnecido pelos judeus e pelos soldados romanos antes de ser pregado na cruz e morto (Mateus 27.28,40-43 Lucas 23.11,35).

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-> Os irmãos de José acabaram por matar um carneiro em lugar dele (Gênesis 37.31-32), banhando as suas vestes com o sangue dele (para dar a entender a seu pai que José morreu, devorado por alguma fera), ou seja, José não precisou ser sacrificado: um carneiro inocente morreu em seu lugar. O carneiro sacrificado pelos irmãos de José simboliza o Cordeiro substituto, dado por Deus, Jesus, sacrificado na cruz pelos “irmãos” de Jesus, os judeus (João 1.29).

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-> Não sendo morto por eles, José foi vendido pelos seus próprios irmãos como escravo nas mãos de mercadores pagãos, os ismaelitas, (Gênesis 37.26-28). De forma similar, Jesus foi entregue pelo seu povo, o povo de Israel, pois que os judeus o entregaram nas mãos das autoridades romanas (Mateus 27.18,26).

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-> José, sendo servo na casa de Potifar, resistiu a tentação da mulher de Potifar e não pecou contra Deus, não se corrompendo no Egito (Gênesis 39.7-8). Jesus, na forma de homem, como servo, resistiu a tentação de satanás, sendo fiel a Deus nesta terra (Mateus 4.1-10).

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-> No Egito, José, sendo irrepreensível para com Deus e para com os homens, acabou por ser preso junto com dois egípcios (Gênesis 39.20; Gênesis 40.1-4). Jesus só fez o bem quando palmilhou esta terra, mas foi contado com dois ladrões e crucificado com eles, um de cada lado da sua cruz (João 19.18).

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-> Um dos que estavam presos com José teve um destino final de glória na presença do rei e o outro teve um fim triste caído do favor do rei e morto (Gênesis 40.8-19). De forma semelhante, um dos dois ladrões crucificado com Jesus, reconhecendo-o como o Cristo e se arrependendo dos seus pecados, teve um final feliz, no Céu na presença de Deus, e o outro teve um final triste, morrendo sem salvação (Lucas 23.43).

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-> Os irmãos de José rejeitaram o primado de José, mas José, por fim, depois de muito sofrimento, se tornou governador sobre um povo que não era da sua raça. Tal qual José, Jesus não foi aceito pelos seus irmãos, os judeus, e acabou reinando sobre um povo estranho (mesmo Jesus sendo o Messias dos judeus, tornou-se o Cristo dos gentios).

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-> No Egito, José foi denominado “Zafenate–Paneia”, que quer dizer, salvador do mundo (Gênesis 41.45). Jesus é conhecido, hoje, por nós, os gentios, como o Salvador do Mundo, pois nos salvou da perdição eterna e nos dá alimento espiritual, pois é o Pão da vida (João 6.33).

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-> José teve a experiência de ser primeiro servo para depois ser senhor de todo o Egito (Gênesis 39.7; Gênesis 41.41-44). Jesus também passou pela fase de humilhação, como servo de Deus e dos homens, mas agora Ele é Rei e Senhor sobre os gentios (o Egito simboliza o mundo não judaico), ainda que não reconhecido pela maioria das pessoas, é o nosso Rei.

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-> Jacó, o pai de José, que o tinha por morto devido à veste estraçalhada e ensangüentada apresentada pelos irmãos de José, o reencontrou como se estivesse recobrando-o dentre os mortos (Gênesis 45.25-28). Jesus realmente ressuscitou ao terceiro dia, pois, embora tenha sido morto pelos seus irmãos, os judeus, não permaneceu no túmulo e aparecerá vivo para Israel, que fora simbolizado pelo ancião Jacó, no fim dos tempos (João 19.37).

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-> O corpo de José foi guardado embalsamado e conduzido, depois, juntamente com o povo de Deus, para a terra prometida (figura do céu), Gênesis 50.25. Aponta para a santidade do corpo de Cristo, o qual, depois da sua morte, foi tratado com especiarias e colocado em um túmulo novo de uma pessoa rica e honrada (o Senador José de Arimatéia), ou seja, não foi sepultado com os ladrões, como fora designado anteriormente, tendo ressuscitado e ascendido ao céu (João 19.38-42; Atos 1.10-11).

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-> Assim como a família de José por fim o reconheceu e recebeu dele o perdão e a ajuda em tempo de fome, as Escrituras prevêem também que Jesus será aquele que governará o povo de Israel nos fins dos tempos, o qual aceitará a Cristo como seu rei, lhes dando o Senhor o livramento, o sustento e a proteção.

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