terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sombras de Cristo no Antigo Testamento 1

O que Jesus apontou nas Escrituras hebraicas sobre si mesmo (“Então lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos” - Lucas 24.45-46)? Talvez estivesse apontando para os seguintes textos bíblicos sobre alguns personagens do Antigo Testamento e a outros textos proféticos, os quais irão sendo postados por mim aos poucos, se Deus assim o permitir:
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Daniel (História no livro de Daniel):

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-> Daniel, que era da linhagem real, foi levado cativo de Jerusalém à Babilônia, para ser escravo. Assim também Jesus, o Filho de Deus, sendo o Rei dos reis, desceu da Jerusalém Celestial, o Céu, e tomou a forma de escravo (se tornou um simples homem).

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-> Daniel, sendo homem, foi tentado a que comesse dos manjares do rei e que se prostrasse diante dos costumes pagãos, não cedeu, permanecendo fiel a Deus e à sua Palavra. Isto aponta para o fato de Jesus, o homem perfeito (o “segundo Adão”), ter resistido às investidas do diabo e o vencido pela Palavra de Deus, pois a guardou no coração, não se prostrando diante do inimigo.

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-> Embora o jovem Daniel fosse fiel em tudo, mesmo assim os seus inimigos buscavam algum pretexto para acusá-lo. Isto lembra que o Senhor Jesus era sem pecado, mas os seus opositores procuravam algo para acusá-lo.

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-> Eles queriam achar alguma falha em relação aos negócios do rei e, depois, tentaram achar algo referente a Deus, no jovem Daniel. Os herodianos puseram Jesus à prova, colocando-o contra Cezar (no caso da moeda), mas Ele disse: “dai a Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus”, ou seja, não conseguiram achar nele desobediência às autoridades humanas e nem a Deus.


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-> O moço Daniel era de oração, não descuidava da sua comunhão com Deus (orava três vezes ao dia). Jesus viveu em contínua oração, pois estava sempre em comunhão com o Pai celestial.

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-> Foi condenado injustamente e, aparentemente, os seus inimigos prevaleceram contra Daniel, mas por fim prevaleceria. De forma parecida, os inimigos do nosso Mestre tentaram vencê-lo e, até mesmo, pensaram que o tinham vencido, mas, por fim, Ele triunfou completamente.

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-> Os inimigos de Daniel o acusaram diante do rei e pediram a sua morte. Isto aponta para o fato de os judeus levarem Cristo aos governantes romanos e solicitarem a sua morte.

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-> Assim como o rei sabia da inocência de Daniel e queria livrá-lo, mas acabou por ceder aos que queriam a morte de Daniel. Assim também, tanto Herodes como Pilatos, reconheceram a inocência do nosso Salvador, mas cederam à pressão dos judeus e mandaram crucificá-lo.

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-> O fato de o rei ter dito que o Deus de Daniel, a quem este servia continuamente, o livraria da morte lembra as profecias, tendo Deus, o nosso Rei, falado pela boca dos profetas que Jesus seria ressuscitado por Deus, por ser o Servo perfeito de Deus.

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-> Então, Daniel foi posto na cova dos leões, onde seria o seu fim, a sepultura onde ficariam os seus restos mortais. De forma similar, o Senhor Jesus, após a sua morte, foi colocado na sepultura e todos pensavam que ali permaneceria.

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-> Colocaram uma pedra à boca da cova dos leões e a selaram para que ninguém a tirasse dali. Isto lembra a pedra que foi posta à entrada da sepultura do Senhor.

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-> Assim como Daniel saiu ileso das garras dos leões e não foi morto. Jesus, embora tenha morrido, foi vencedor, pois não foi possível que a morte o retivesse.

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-> Dois sátrapas, que tinham inveja de Daniel e não queriam que ele fosse colocado sobre todo o reino, e que morreram na cova onde Daniel teria morrido, senão fosse o Senhor resgatá-lo da morte foram lançados na cova dos leões e devorados por eles. Eles podem ser figuras dos dois ladrões que tiveram a mesma sorte de Jesus, pois foram cruscificado ao seu lado. 
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-> Todos os ossos dos inimigos de Daniel foram quebrados (Daniel 6.24), ao passo que nenhum osso de Daniel foi quebrado, posto que era um justo (Daniel 6.22). Os ossos dos dois ladrões que morreram ao lado de Cristo crucificados foram quebrados, mas nenhum dos ossos de Jesus foi quebrado, visto que é o Santo (João 19.32-33).
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-> O ministério dos anjos está relacionado ao livramento de Daniel, pois ele referiu que Deus enviou o seu anjo e este fechou a boca dos leões. Isto nos faz lembrar que os evangelhos relatam que um anjo desceu do Céu, como relâmpago, e retirou a pedra da entrada do túmulo, para que Jesus saísse com o seu corpo ressurreto e glorioso.

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-> Daniel atribuiu à sua inocência o fato de Deus ter fechado a boca dos leões e estes não o terem devorado. As escrituras nos ensinam que Jesus morreu por nossos pecados e, por não ter nem sequer um pecado, ressuscitou e garantiu a ressurreição a todos.

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-> O rei veio a cova dos leões bem cedo choroso e teve a surpresa de ver Daniel são e salvo. Isto lembra as mulheres que vieram bem cedo à sepultura do Amado Mestre e encontraram Ele vivo, pois ressuscitou.

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-> A alegria do rei pela vida de Daniel lembra a alegria dos discípulos do Mestre, ao verem Jesus vivo e comerem com ele, atestando que não era apenas um espírito, mas o mesmo Jesus que venceu a morte.

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-> O rei, por fim, exaltou a Daniel e o colocou em uma posição de honra no governo (antes mesmo de Daniel ser lançado na cova dos leões e sair vitorioso o rei já desejava colocá-lo sobre todo o reino). De forma semelhante, o Senhor Jesus recebeu um nome que é sobre todo nome e é o Rei dos reis e Senhor dos Senhores (isto já era assim predeterminado por Deus).

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-> O decreto do rei para que fosse anunciado que o Deus que livrou a Daniel fosse temido em todos os reinos é figura do Evangelho, pois Deus ordenou-nos que fosse anunciado em todas as nações a morte de Jesus pelos nossos pecados e a sua ressurreição, para que todos se arrependam dos seus pecados e se voltem a Deus.

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-> A expressão do rei, inspirado pelo Espírito Santo, de que o Deus de Daniel “opera sinais e maravilhas no céu e na terra” (Daniel 6.27), em exaltação e adoração a Deus, nos faz lembrar a profecia do profeta Joel, a saber, “mostrarei prodígios no céu e na terra” (Joel 2.30) e lembrada e cumprida, ainda que em parte (será completamente cumprida no futuro), no dia de Pentecostes (Atos 2.19).

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-> Pelo fato de Daniel ser um homem mui amado por Deus, o Senhor lhe deu – na continuação do livro de Daniel, considerado o Apocalipse do Antigo Testamento – revelações que descortinariam a história de Israel e dos demais reinos mundiais. Isto nos lembra que Jesus, o Filho Amado de Deus, foi quem nos conquistou a grande Revelação (Apocalipse), nos dando a chave que resolve o mistério da História Humana.

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